Be a Housewife

Fala-se de tudo, desde economia, organização, desorganização e desvaneios:)
Afinal o dia-a-dia de uma housewife, mãe e mulher como muitas pelo mundo fora!!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tenho para dizer que...

... a menos de um mês de fazer 30 anos, não sinto que tenha um vida completa!
Ok, não é nada de obrigatório, mas há uns anos atrás achava que esta altura da minha vida ia ser muito diferente!!!

Agora, tenho um filho fantástico, não tenho trabalho mas, estou a fazer um curso que adoro e quero aprender mais ou complementa-lo com mais alguma coisa pois é aquilo que gosto, é o meu sonho!
Há uns anos atrás não pensava que nesta fase tivesse filhos, achava que já ia ter um trabalho/emprego, estável, não precisava de ganhar milhares mas, simplesmente o suficiente para as coisas essenciais, tudo o resto seria "bónus".
Muitas vezes já não sou a Carla, sou muitas vezes a mãe do Miguel. As pessoas conhecem-me por causa dele. Não que isso me importe, enche-me de orgulho que gostem dele e que se lembrem dele. De certa forma foi deixar de ser eu para ser a mãe!!! Antes que as mentes mais venenosas comecem a pensar mal... eu adoro ser mãe e o meu filho é a minha prioridade. Mas quem é mãe (e muita gente sabe do que falo), temos de estar bem para ser-mos melhores mães, se estiver-mos felizes transmitimos isso na forma como lidamos com os filhos!
Mas sinto que não tenho uma vida preenchida, falta algo. E nem sempre o que nos falta é material (casa, carro, dinheiro), às vezes o que realmente nos falta são coisas simples mas que ainda não conseguimos atingir.
Aprendi que temos de deixar o passado para trás para seguir em frente e ser feliz.
Aprendi que quando as pessoas nos desiludem, mentem e escondem coisas constantemente que vamos desgostando delas, que deixam de ser importantes na nossa vida, chegando ao ponto de não conseguirmos concordar com elas nem estar do lado delas quando nos pedem porque há muito tempo que perderam a razão!
Aprendi que não vale a pena passar-mos a vida zangados com o "mundo" porque acabamos por andar infelizes. Não vale a pena estar à espera que as pessoas mudem para que algo corra bem. Há pessoas realmente falsas e despresiveis que não merecem sequer a nossa consideração, mas há situações em que temos de respeitar a maneira de ser das outras pessoas, de as aceitar para ser-mos aceites.
Aprendi que quanto mais zangada ou chateada ou revoltada estava, mais infeliz era! As pessoas, nem aquelas que mais gostamos, vão ser ou fazer o que achamos que seja correcto ou agir como achamos que deviam agir, simplesmente não vale a pena, estar à espera que seja diferente só nos desgasta.
Cada vez dou menos importância a birras e coisas insignificantes, porque eu é que me chateio!
Desde que soube que tenho um problema sem cura (pelo menos por enquanto) que vejo as coisas de maneira ainda mais diferente.
Aquilo que muitas vezes dizemos na brincadeira que "não mata mas mói", é mesmo bem verdade!
Só quem está em certas situações e que as vive ou sente ou sabe como são é que consegue dar o devido valor, é que consegue perceber.
Senti-me revoltada quando soube, não pela doença em si, mas em particular por um dos sintomas que só quem passa por isto é que sabe mesmo o que se sente. Neste momento já ultrapassei a revolta (estava-me a fazer mal) e só quero alguma coisa que me faça sentir melhor!!!
Aprendi que não vale a pena mudar por causa de outros, porque ninguém muda para nos fazer sentir melhor, há-que aceitar ou na maior parte das vezes aprender a viver com isso!
A vida nem sempre corre como esperávamos que corresse por isso temos de nos agarrar ao bom da vida, aquilo que nos alegra!!!
Um dia há-de ser melhor:)

6 comentários:

  1. Há pessoas que andam aqui uma vida inteira, e ainda não aprenderam metade do que aprendeste, antes de completar 30 anos. Isso significa, que estás no bom caminho.

    As melhoras

    Beijinho

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  2. A vida nem sempre corre como nós desejamos, mas cabe-nos a nós aproveitar o que ela tem de melhor para nos oferecer. Claro que nem sempre é fácil. Eu estou como tu, agora sou apenas a mãe da Sofia, faz-me falta o trabalho, o convívio as conversas parvas...
    Mas enfim temos de pensar que tudo isto vai mudar.
    Quanto à doença é uma mer... a minha mãe tem e vejo bem o que ela passa, o que vale é que está sempre alegre e isso ajuda!!!
    Beijo grande

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  3. Ola!!
    PODERIA SER EU A ESCREVER ISTO....revejo-me totalmente neste texto...eu sinto o mesmo ando sofrer de doenças por nervos+nervos+nervos ...um abraço grande e muita força
    bjs
    Célia

    http://osmeuspestinhas.blogs.sapo.pt

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  4. Olá querida.
    Essa é uma fase por que toda a gente passa mais tarde ou mais cedo. Temos de procurar o que nos falta ou arranjar formas de ultrapassar a perda. O ser humano é insatisfeito por natureza. Para vivermos melhor há que aprender a aceitar a realidade e a deixar as expectativas de parte. Temos de viver no presente. O passado já foi e o futuro ninguém sabe como vai ser.
    Aproveitar as pequenas coisas que nos fazem felizes é a nossa demanda!
    Sabias que a natação ajuda imenso a ultrapassar as dores inerentes á tua doença? Informa-te.
    Bjs,
    M. Céu
    http://coisasgirasmcf.blogspot.com/

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  5. Carla, bonita reflexão a tua... Não penses que és a única a pensar assim... Identifico-me muito com as tuas preocupações e questões. Eu acho que é bom sinal questionarmos-nos, é sinal que somos exigentes com a vida, não andamos cá só por andar...
    E não podia concordar mais contigo quando dizes que as mães têm de estar felizes para fazerem os filhos felizes, eu também sou daquelas que precisa de "mais" para além da maternidade. Gosto muito de ser mãe mas também sou mulher e acho que as duas coisas conseguem viver muito bem uma com a outra, quanto a mim é essencial para o equilíbrio da nossa vida!
    A vida é uma constante surpresa, para o bem e para o mal... é preciso valorizar as coisas boas e desvalorizar as más!(às vezes é difícil mas é preciso tentar sempre)
    Força Carla um beijinho grande para ti!

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